Maria Cristina Lopes. Sou formada pela PUC-Rio e mestre pela Universidade de Coimbra. Trabalho com a dança desde 2013 e desenvolvi o 1º curso de psicologia da dança do Brasil em 2016. Sou defensora da área de psicologia da dança, atendo bailarinos, ofereço consultoria para escolas e companhias e capacito professores e psicólogos nesta área promissora.
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O sonho da bailarina

Sim, sonhos são muitos! Temos tantos ao longo de nossas vidas que é difícil calcular ao certo quanto tempo já passamos “sonhando”. Com o amadurecimento encorpamos o sonho em nossas mentes Uma ideia que faz nossos olhos brilharem, o coração bater mais forte, o dia ficar mais bonito. E a cada dia temos mais certeza e mais clareza desse nosso desejo.

Mas poucas vezes nos questionamos sobre o que acontece quando esse sonho não se concretiza. Por que é verdade: infelizmente ele pode morrer como um sonho e nunca chegar à realidade. E como ficamos nós os sonhadores? Temos que encorpar novamente um novo sonho, um novo caminho... talvez um caminho de realizar sonhos de outras pessoas e assim ser feliz também.

Mas quando sonhamos... ah... o sonho é tão bom que não queremos pisar no chão. E não queremos mesmo! Vivemos sonhando ao invés de nos esforçarmos para torná-lo um vislumbre de mundo de verdade, de palco de verdade, de primeira bailarina de verdade. Por que a realização é a combinação dos dois: sonho e muito trabalho. E para a bailarina, então? Esse mundo da dança não é muito fácil não. Quem o vive sabe bem. Mas continuamos fazendo o mesmo que todos esperando nos destacar. Mas daqueles ali, que fazem aula com você, apenas alguns serão profissionais. E quanto mais solistas!

É importante saber que a dança é feita a partir de sonhos, mas é feito de trabalho duro. Nem todos conseguirão. Infelizmente. Mas não podemos desanimar. Precisamos tentar incessantemente e fazer mais e nos esforçar mais. Nenhum desejo sobrevive sem garra, sem vontade bruta, sem luta.

Lute. Sonhe. Seja mais.

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